BRASIL

PT

Penso que, quando nascemos numa ilha, passamos boa parte do tempo imaginando como seria o mundo além dela.

Num dia qualquer de Florianópolis, capital  de Santa Catarina, Brasil – Carlos Silva, decidiu atravessar definitivamente uma ponte para ganhar a vida olhando o mundo através das lentes.

Da ilha, foi pra longe do mar.

Viu o mundo por dez anos a partir de Brasília – moderna capital brasileira – suas curvas, rectas, vias extensas e pessoas vindas dos mais diversos brasis para formar um só.

Depois, se embrenhou na floresta para entender como e de onde tudo nasceu. Alguns anos trabalhando e vivendo na Amazônia a partir de Belém do Pará – sua porta de entrada mais charmosa – foi trazendo  pra dentro das lentes, índios, garimpeiros, sem terra e cores que provam que a floresta é colorida.

Agências, internacionais  como France Press, Reuters e Associated Press, entre outras, levaram pro mundo seu jeito de olhar o mundo.

Numa história que começou numa ilha do Brasil.

 

ENG

I think that if I had been born on an island, I would have spent much of my time wondering what the world would be like…

One day, in Florianópolis – capital of Santa Catarina, Brazil – Carlos Silva, a small island man, decided to cross the bridge longing to earn his living by looking at the world through his lenses.

From the island, he went  away from the sea.

He saw the world from Brasília – the modern capital of Brazil – for ten years… its curves, straight lines, extensive routes and people coming from the most diverse “Brazils”… Hard-working people seeking to form one.

Then he went into the forest to understand how and from where everything was born. Some years of working and living in the Amazon from Belém do Pará – its most charming entrance – brought indians, gold diggers, landless workers and colors into the lenses only to prove that the forest is colorful.

Agencies, such as France Press, Reuters and the Associated Press, among others, took to the world Carlos’ way of seeing the world.

In a story that started on a small and simple island…

 

EXPOSIÇÃO: EVOLUÇÃO

Casa da Cultura de Avintes | Piso superior | 29 de abril a 29 de maio de 2022 | Segunda-feira a Segunda-feira: 10h00 – 18h00

© Carlos Silva

 

A terra é azul… mas a Amazônia não é verde.

Logo na primeira impressão, tudo o que nos falam sobre ela desaba como uma castanheira cortada pra abertura de pasto.

Sob o olhar fotográfico, a Amazônia pode ser verde, azul, amarelo, ocre, bege, marrom… e sem filtros.

As cores correm pelos campos da Ilha de Marajó, saltam sobre as ondas das praias salgadas de Salinópolis, anda pelos corredores da Feira do Ver-o Peso em Belém, percorrem os trilhos  de minério de Carajás, voam com os guarás ou nadam com os botos de Santarém. Índios marrons contrastam com araras que parecem arco-íris.

Viver e fotografar a Amazônia é um impacto na íris visto. Um soco nas córneas para que seu olhar nunca mais fique monocromático.

Por quase 10 anos, Carlos Silva viu e viveu essa explosão de cores, que não cansa de compartilhar com o mundo, para alegria dos nossos olhos e nossos corações.

 

 

 

 

 

 

 

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