P O R T U G A L  | http://www.flavioandrade.com/

Flávio Andrade (Moita, 1964) é formado em Fotografia pelo Ar.co (1998) – Centro de Arte e Comunicação Visual.

Como artista visual dedica-se exclusivamente á  realização de projectos pessoais tendo como suporte a fotografia. Expõe com regularidade desde 1996. Já expôs em Portugal, Espanha, França, Polónia e Brasil.

É formador no Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (CENJOR), onde leciona cursos de fotografia e fotojornalismo.

Colaborou na área do fotojornalismo durante vários anos para várias instituições, jornais e entidades públicas e privadas, tanto nacionais como estrangeiras onde ainda mantém ligação.

Entre 2003 e 2013 foi professor assistente na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, onde co-lecionou a cadeira de Teoria e Prática da Fotografia, no Curso de Comunicação Social e Cultural.

As suas fotografias fazem parte de colecções públicas e privadas em Portugal, (Instantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes, Duna Parque Hotel Group, Junta de Freguesia de Pinhal Novo, Museu de Fotografia de Braga, Museu de Jesus de Setúbal, Museu do Trabalho Michel Giacometti de Setúbal).

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EXPOSIÇÃO: POPULUS

1_DSC4577_1 - Cópia© Flávio Andrade

” A multidão é o seu universo, como o ar é o dos pássaros, como a água, o dos peixes. A sua paixão e profissão são o desposar a multidão.”

Charles Baudelaire

Populus é o tí­tulo do trabalho fotográfico que em latim significa pessoas. Extensível a um total de 40 fotografias e realizado em 2017.

Chamei-lhe Populus porque a cidade existe para as pessoas, e é também na cidade que as inscrevo. São elas que a “habitam”, que se deslocam em passagem, e vivem efémeros momentos dentro da câmara antes da impressão, ocupando espaços vazios onde a luz as configura na paisagem.

Nesta coexistência procuro na cidade os olhares que passam, caminham e deambulam. Isto tudo atrai-me e delicia-me. A cidade cheia, exausta e enriquecida. Apinhada e embevecida, ferve odores, sabores, cores e culturas, esperneia. Ando por entre tantos, não me perco, nem me encontro, ando apenas. E nesta caminhada revejo os outros em mim. Sinto a ideia do espaço-conceito que teimo em perpetuar.

Neste lugar desconhecido, a descoberta permanente e contí­nua faz-me sentir o estrangeiro e o residente que há em mim. Como se estivesse no centro do mundo e ao mesmo tempo oculto a ele. Fixo-me nas pessoas que tal como eu a vivem, apaixonado. E numa esperança fugaz de um encontro com o infinito, repouso o olhar.

texto de Flávio Andrade

 

 

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