CABO VERDE
Grace Ribeiro | Cabo Verde | São Vicente |1996
Mestre em Arquitectura pelo M_EIA (Instituto de Artes, Cultura e Tecnologia, Mindelo – Cabo Verde).
Cedo sentiu uma forte tendência para a fotografia e para o audiovisual, paixão que tem desenvolvido nos últimos anos, com a realização de diversos ensaios fotográficos e curtas metragens. Monitora no M_EIA, da disciplina Camera na Mão no 1º semestre do ano lectivo 2016/2017.
Foi curadora do Ciclo de Cinema Africano realizado no âmbito da exposição AKUABA.
Foi co-curadora dos Ciclos de Cinema na Galeria Alternativa entre 2016 e 2018.
Participa na Mostra internacionl o incognitum – “O Arquipélago – Centro de Artes de Artes Contemporâneas dos Açores.”
Participa no projecto internacional Azimute – onde resultou o documentário Longa Metragem CHÃ –filmado em Chã das Caldeiras dos realizadores Leão Lopes (CV) e Miguel Miralles (ES).
Como editora e fotografa participa na curta metragem DADECI, vencedora do prémio Melhor Documentário no Festival Barcelona Planet Film Festival 2020, recebeu Menção Honrosa no Eco Cine de Seia em 2020 e foi nomeado para o festival London Eco Film Festival 2020.
Como fotografa, foi seleccionada para a residência artística Catchupa Factory 2017 organizada pela associação AOJE e orientada pelo fotografo John Fleetwood, onde apresenta o projecto final intitulado 2+2+2=4.
Participou no projecto solidário “Movimento Bodji” e foi seleccionada para participar no projecto “2020: A Review from the Continent – Mentorship and Exchange Programme” organizado pelo CLPA –Centres of Leraning Photography in Africa, onde foi orientada pelo fotografo Diogo Bento.
Como videoasta desenvolveu vários projectos, onde se destaca os vídeos premiados em concursos promovidos pela Associação de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde: Sabeh bibeh vida é um sô e Cabral – artesão da liberdade; realizou o vídeo Garrafa D´luz exibido no Festival Internacional OIA em Cabo Verde e na Polónia; o vídeo para o Catchupa Factory 2018; é consultora de vídeo e fotografia na iniciativa multidisciplinar do Ministério das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação (MIOTH) – OUTROS BAIRROS. Dentro desta iniciativa é autora e coordenadora do projecto D’sinraská.
Em co-autoria com a Arqª Lara Plácido venceu em 2019 o concurso Repiká da terceira edição do Salão Created in Cabo Verde, da Feira de Artesanato e Design (URDI) com a peça “Lix Solá”. Desenvolvemtambém desde 2019 o projecto “TXILUF” no âmbito da educação ambiental e técnicas de cinema de animação, financiado pelo Ministério da Economia Marítima de Cabo Verde.
EXPOSIÇÃO: WILSON
© Grace Ribeiro
O mundo tem sido afectado por discórdias de várias ordens onde as políticas descartáveis pontuam várias realidades. A pandemia por sua vez, parou o mundo com efeitos económicos e sociais sem precedentes.
“Cabo Verde é 99% Mar”. O desenvolvimento da economia azul tem-se mostrado frágil e quando nos deparamos com algumas acções estas são realizadas para um luxo que não é a realidade do país.
Na margem norte de Mindelo | S. Vicente o património construído dá lugar a infra-estruturas turísticas empurrando para o interior da ilha as suas gentes numa contínua desigualdade social.
Enquanto isso, a margem sul espera a expansão da cidade conservando um tempo que já não existe, onde a tradição e a humanidade resistem.
O cais do Wilson está isolado da cidade, protegido da pandemia.
Esta passagem urbana obsoleta estáaberta para o mar, para o mundo.
Debrucei-me sobre o Wilson, não só como ponto estratégico que articula a cidade, como também por representar um refúgio dos acontecimentos actuais.
No último mês de 2020, foi anunciado um novo projecto para o espaço onde o “progresso” chega sem respeito pela vivência do lugar.
O que será das pessoas e a história que ainda resiste?