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Luís Carvalhido nasceu a 15/12/1950, na cidade Viana do Castelo. Reside em Barcelos desde 1977 frequentou vários cursos de fotografia ministrados pela Academia Olhares de Lisboa e formações no Instituto Português de Fotografia, onde destaca a Utilização do Flash e da Luz em Ambiente de stúdio. Fez formação na área de retrato com Victor Roriz e João Santos. Fez ainda formação de fotografia na Natureza e Técnicas de Aproximação com Carlos Rio.

Adquiriu a certificação de formador pela entidade Infor Training.

Autor dos livros de fotografia Reflexos Inexplorados (ensaio) e O Fumo dos Dias (foto-jornalismo) ambos da Editora Seda Publicações.

Autor do livro O figurado de Barcelos, trabalho fotográfico feito sobre a arte de portadores de síndrome de Down, obra patrocinada pela Câmara de Barcelos

Fotógrafo de desportos de montanha, designadamente trail, onde destaca sete anos como freelancer do projeto Carlos Sá Nature.

É formador de fotografia tendo estado envolvido em vários projetos de formação que envolveram várias faixas etárias, mas onde salienta o projeto letivo IRIS, desenvolvido pela entidade VilaWork destinado a crianças dos 7 aos 12 anos. Foi formador/orientador num projeto da Câmara Municipal de Viana do Castelo destinado a alunos dos 12 aos 16 anos.

Foi professor de fotografia na Universidade Senior da Rotary Clube da Póvoa de Varzim durante dois anos.

Atualmente dá aulas na Universidade Sénior de Barcelos, projeto da Câmara Municipal

Tem varias participações em concursos, quer nacionais quer estrangeiros.

Participou em várias exposições coletivas e individuais.

Continua a sua caminhada de aprendizagem, pois tem inúmeros novos desafios pela frente. À pergunta do que significa para ele a fotografia, respondeu: ERRAR MELHOR TODOS OS DIAS.

 

EXPOSIÇÃO: O FUMO DOS DIAS

© Luís Carvalhido

Sabe? Perguntaram-me os olhos negros abertos, mais que a boca semicerrada. Eu sei viver sem comer, como não sei contar os dias, também não sei as refeições que não como. Acrescentou: não sei é viver sem o calor do fogo, pois acredito que morro, se não tiver o lume a aquecer-me. Calo-me sem saber o que dizer. Invade-me o silencioso crepitar da fogueira. Por momentos não vejo nada, não sinto nada. Corpos disformes na moldura triste do fumo, vagueiam num contraluz sem nexo. O cheiro… os cheiros da lenha verde e húmida e as fagulhas mortiças do eucalipto são o único movimento de verdade dentro deste contentor negro, ferrugento e de fundo lamacento…

Luís Carvalhido 

in O Fumo dos Dias

 

 

 

 

 

 

 

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