BRASIL
Milton Ostetto, 67 anos, natural de Nova Veneza, SC/Brasil, engenheiro aposentado, e fotógrafo por paixão e convicção da importância fotografia como documentação do meio em que vive, tendo influências do cinema e pintura. Participa do Livro “Tás Co’ Olho!? – Imigração Açoriana no Sul do Brasil”; organiza o Varal do Trajano, em Florianópolis,SC/BR.
Prémios
2017 – 2018 – 2019 premiado 5 vezes no Concurso Olhares Inspiradores Promovido pela Canon Brasil
2017 – 2018 Finalista 2 vezes no Concurso Internacional de fotografias “O trabalho e os dias” na Colômbia
2020 – Premiado com o segundo lugar no concurso Somos “Imagens da Lusofonia: património que nos une”. promovida pela Associação de Comunicação em Língua Portuguesa Macau
Exposições Colectivas:
2016 – iNstantes – Festival internacional de fotografia de Avintes – Portugal
2017 – iNstantes – Festival internacional de fotografia de Avintes – Portugal
2018 – iNstantes – Festival internacional de fotografia na ilha de S. Miguel – Açores – Portugal
2018 – Festival Internacional de fotografia em Vilagarcia de Arousa – Espanha
2019 – Black & White y – Baghdad International Photography Exhibition – Iraqi Photography Center – Bagdad – Iraque –
Maio de 2019 – Mostra “Tás Co’ Olho!?” mo festival iNstantes, em Avintes (Portugal)
2022 – Mostra “Tás Co’ Olho!?” na Ribeira Grande, Ilha de São Miguel, Açores.
Livro Colectivo:
2020, lançou com os Orlando Azevedo e Tadeu Vilani, o livro “Tás Co’ Olho!?” – Açorianos no Sul do Brasil.
EXPOSIÇÃO MULHERES E RESISTÊNCIA
© Milton Ostetto
Para falar da relação mulheres e resistência, podemos lembrar, de um passado não tão distante, da presença do movimento feminista na luta contra a ditadura militar no Brasil, bem como na Constituição nacional de 1988 que, pelo menos no papel, tornou a igualdade entre homens e mulheres cláusula pétrea.
No entanto, apesar de leis como a Maria da Penha[1] (2006), a violência contra a mulher continua sendo uma constante, e o país ainda não enfrentou o tema do aborto[2], que com algumas exceções permanece ilegal no país.
Nos últimos anos, em decorrência de um avanço do conservadorismo, a luta das mulheres se intensificou, em um Brasil assolado por interesses do capitalismo neoliberal, materializado pelo “golpe” de 2016, que culminando na eleição do atual Presidente, figura que personifica o ataque aos direitos trabalhistas, as leis ambientais, e o ódio as minorias: mulheres, LGBTQI+, comunidades indígenas, quilombolas, negros etc.
Nesta conjuntura, as mulheres mais uma vez vão à luta, isto é o que podemos ver nas imagens[3] do fotógrafo Milton Ostetto, como um testemunho do protagonismo delas, ocupando as ruas, os espaços públicos e políticos, em oposição aos retrocessos em curso e resistência aos ataques conservadores.
Lucila Horn
[1] Lei que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal.
[2] O Brasil é um país extremamente desigual, onde o aborto tornou-se uma questão de saúde pública.
[3] Fotografias realizadas entre 2016 e 2022.