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Dentre várias configurações expositivas, cabe aqui destacar o “Varal da Trajano”, movimento capitaneado por Milton Ostetto, Kleber Steinbach e Alexandre Freitas, fotógrafos de olhar aguçado e ao mesmo tempo dispostos à árdua tarefa de organizar e manter um calendário de exposições.

Por este espaço passam fotógrafos conhecidos a jovens promessas que ainda veremos brilhar ao lado daqueles mais experientes. A tarefa dos organizadores consiste no mais nobre dos propósitos: levar a fotografia para a rua, dando oportunidade a todos de apreciá-la, em sua maioria passantes que raramente frequentariam um espaço expositivo tradicional, como galerias ou museus.

Respeitando-se a individualidade que caracteriza os fotógrafos – afinal uma mesma cena clicada por olhos distintos raramente produzirá um instantâneo igual – o que observamos no Varal é uma produção pautada pela mais alta tradição do fotojornalismo moderno. De cunho fundamentalmente humanista, apresenta o ser humano em seu cotidiano, exercendo a vida em sociedade, tarefa sempre complexa nestes tempos de verdades impostas pelo sistema e naturalizadas pela grande imprensa.

Será esta a fotografia que vai perdurar por mais 170 anos, deixando um registro de nossa passagem pelo mundo, visto que estas imagens se encontram de certo modo pouco contaminadas pelos mais variados tipos de interesses? Isso apenas o tempo julgará, e é este o grande trunfo da fotografia: ser testemunha.

Prof. Dr.  Cláudio Brandão

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CIDADE INVISÍVEL

Alex    © Alexandre Freitas

Milton© Milton Ostetto

Todo artista tem de ir aonde o povo está.”

O trecho da canção Nos Bailes da Vida, de Fernando Brant e Milton Nascimento, exprime com precisão o projeto fotográfico apresentado por Milton Ostetto e Alexandre Freitas. Fotógrafos experientes e com longa trajetória no ofício, reúnem-se para mostrar duas visões sobre nossa cidade: um com seus personagens anônimos; outro com recortes que passariam desapercebidos à maioria das pessoas.  Esmeram-se no fazer do fotógrafo: revelar o que se esconde por trás da “cidade invisível”. Em tempos de arte tão abstrata, a fotografia tem a missão de falar de vida, isto é, nos conectar com mundo real.  Dever cumprido com méritos pela dupla.

texto de Cláudio Brandão

 

“Cidade Invisível” é um trabalho conjunto de Milton Ostetto e Alexandre Freitas. O Milton já tem página neste site. A biografia do Alexandre Freitas pode ser vista aqui, num artigo do blog.

 

 

 

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