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EXPOSIÇÃO: DO CARVÃO E DO AÇO
© Adriano Miranda
Em 1992, Adriano Miranda, então com 26 anos, estudante no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, queria, para o seu projeto académico, fotografar o trabalho infantil que se dizia povoar várias empresas e fábricas portuguesas. Escreveu por isso a várias empresas do distrito de Aveiro, de onde é originário. O engenheiro Rui Paiva leu a carta e a empresa que geria, a Carbonífera do Douro, que geria as minas do Pejão, onde não desciam crianças, foi a única que lhe respondeu.
“Os mineiros do Pejão ensinaram-me os valores da dignidade e da luta. Os valores do Trabalho. Foi assim que me fiz. Com eles”
“Por vezes ao fotografar sentia um arrepio na espinha. Que dureza naqueles braços. Que firmeza naquelas pernas. Como eram dignos aqueles homens. Eu era um menino de coro.”
Adriano Miranda, Carvão de aço, 2017