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Alice WR (Lisboa, 1959). Tem formação académica na área das Ciências Humanas mas o hobby da fotografia tem-se transformado em actividade principal como opcção de vida. A maior parte dos conhecimentos de fotografia foram obtidos informalmente e decorrem de leituras, pesquisas e ensaios assim como da participação em comunidades e grupos de  artistas. Participou nos Workshops de Fotografia Documental do MEF – Movimento de Expressão Fotográfica (Marrocos, 2013, Índia, 2014 e China, 2015) e, recentemente, frequentou os Talleres “Como evitar la perdida” com Paulo Nozolino (La Plantation, Orense, Espanha, 2017) e “La Fotografia como extension del pensamiento – processos creativos” (Tabacalera, Madrid, Espanha, 2017). Frequentou ainda os Workshops de Papel salgado e Colódio húmido com Tiago Caixeiro, (Centro de Estudos em Fotografia, Casa Museu Carlos Relvas, Golegã, 2017).

Participa em Projectos artísticos e expõe individual e colectivamente nas modalidades de fotografia e pintura. Integra a Agência Calipo desde 2016 tendo participado nos projetos MURO|17 (Marvila, Lisboa, 2017) e Nocturama (Galeria Germinal e Deleme – EspaçoArte, Lisboa, 2017). Participou igualmente no projeto CULTRUA tendo apresentado uma instalação com recurso à  fotografia (Lisboa, 2017) e na exposição coletiva F8-Do retrato ao infinito (Pequena Galeria ,Lisboa, 2017). Foi seleccionada para o projecto Mosaicografia em Porto Alegre, Brasil (2016) e convidada para o iNstantes – 3º Festival Internacional de Fotografia de Avintes (2016). Participou no 1º Encontro Fotográfico Ibérico em Espanha (2015) e foi artista convidada na XVIII Semana Internacional de Piano de Óbidos (2013), apresentando 30 trabalhos fotográficos sob o tí­tulo “O futuro não está escrito”. Foi seleccionada para o Projecto Colectivo Portas Abertas da Fundação Eugénio de Almeida em Évora (2013) e para as Bienais de Fotografia de Vila Franca de Xira (2010, 2012). Recebeu três primeiros prémios e uma menção honrosa em Fotografia (Lisboa, 2014, Aljustrel, 2013 e Viana do Castelo, 2011). Facilita e anima tertúlias e debates sobre fotografia.

Fotografa, as mais das vezes, com a estética num olho e a contemplação no outro procurando nos espaços onde se move aquilo que os define, mas numa singularidade que seja a sua. Fotografa solitariamente e distante do objecto fotografado, preferindo estar fora do seu ângulo de visão. Partindo de uma representação subjectiva e emocional da realidade procura usar a lente como uma possibilidade de fuga para transfigurar o real e para o carregar da poesia que ele parece não ter.

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EXPOSIÇÃO:  SLOW TIME

#4_Slow time_© Alice WR_2015 - Cópia © Alice WR

As imagens apresentadas são parte integrante de um trabalho realizado durante uma permanência nas aldeias na região de Longsheng (Guillin, Giangxi, China) onde vivem diferentes minorias étnicas que trabalham arduamente no  cultivo do chá e do arroz.

São um registro da experiência num lugar onde o tempo não é aquele que os relógios nos garantem passar regularmente mas o outro, aquele, que se deixa acelerar ou abrandar pelas emoções. Subjacente à  narrativa documental, o trabalho remete para a fluição/fruição dos momentos de um quotidiano, ditado pelas estações do ano.

Com esta mostra, convida-se o visitante a dispensar os limites temporais das horas e a experienciar o seu próprio tempo, entre o amanhecer, os trabalhos nos campos e o final do dia que dita o regresso a casa com a passagem na venda (lojas onde se vende tudo) para conversar, fumar e beber em conjunto.

Lisboa, Agosto 2018

Texto de Alice W R

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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