PORTUGAL
Nasceu em Leiria, em 1965. É licenciado em Engenharia Civil, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Vive em Odivelas.
A fotografia é, desde sempre, um fascínio.
Depois do Curso de Iniciação, no Centro de Estudos de Fotografia da A.A.C., em Coimbra (1984/85), fez a pós-graduação em Estudos de Fotografia, no IADE, em Lisboa (2002/03) e a Escola Informal de Fotografia, sob orientação de Susana Paiva (2020/2021/2022).
É em Coimbra que edita as suas primeiras publicações: os portfólios “De Noite e Ao Amanhecer” (1990), “Alguns Passos na Alta de Coimbra” (1990) e “Pombal” (1991); a Universidade de Coimbra publica “O Olhar de D. João” (1997). Realizou diversas exposições individuais e coletivas e publicou os livros “Sobre o Silêncio” (2020) e “Ingenium” (2022).
É editor do blogue Fascínio da Fotografia: fasciniodafotografia.wordpress.com/
EXPOSIÇÃO: Ingenium
© António Bracons
“Agrada-me a palavra ‘engenharia’ e o que ela representa: não saias de um sítio sem deixares algo atrás de ti.”
Gonçalo M. Tavares, Os Herdeiros de Saramago, 2000
“Há muito se sabe, aliás, que todas as invenções materiais são uma forma de dar razão à imaginação; e aqui o dar razão pode ser entendido à letra: é dar racionalidade ao que parece irracional. Mais do que isso: dar materialidade ao imaterial: pôr tijolos no espaço das ideias. Engenharia: filha da imagem.”
Gonçalo M. Tavares, Atlas do Corpo e da Imaginação, 2013
Este sentir, apesar de não ser exclusivo da engenharia, mas de qualquer processo criativo, tocou-me, pois tenho formação em engenharia civil e trabalho nessa área.
Ingenium. Engenho. Engenharia.
Desde sempre o homem procurou técnicas para conseguir o que precisava: as habitações, para abrigar a família; as muralhas, castelos e fortes, para garantir a sua segurança e se defender; os templos, locais de culto e devoção; as pontes, para atravessar os rios – para falarmos apenas de alguma construção. “A necessidade aguça o engenho”, diz o dito popular e assim é: a procura de soluções é constante. O desenvolvimento tecnológico, de materiais e informático, leva a um desenvolvimento constante, à resolução de problemas antes insolúveis.
Se é verdade que a engenharia está sempre presente em qualquer obra, há algumas de significativa complexidade técnica, nas quais o engenho se supera, aplicando soluções complexas ou buscando novas soluções e novos métodos de cálculo.
Como engenheiro civil, nos primeiros anos de trabalho, estive ligado a algumas obras de significativa complexidade técnica, nas quais a engenharia tem um papel essencial.
“Ingenium” é um olhar sobre estas obras e, ao mesmo tempo, sobre o papel fundamental da engenharia.