PORTUGAL
António Campos Leal, fotógrafo profissional e professor de fotografia
Nasceu em Peso da Régua, em 1952, mas é culturalmente «tripeiro». Químico por formação, fotógrafo profissional e professor de fotografia. Dedica-se à prática fotográfica desde 1969.
Esteve ligado à Comunicação Social durante vários anos, tendo colaborado em “O Diário”, “Comércio do Porto e “Auto-Hoje”.
Trajeto diversificado relativo à divulgação da fotografia, levaram-no ao ensino de diferentes matérias em variadas instituições, dedicadas ao ensino da Fotografia.
Disciplinas várias foram lecionadas em diferentes instituições, Técnica Fotográfica, Laboratório Preto e Branco, Fotografia de Arquitetura e Interiores, Grande-Formato (banca técnica), Iluminação, Estúdio, Fotojornalismo e Fotografia Aplicada.
A sua aproximação à Fotografia Estenopeica (vulgo pinhole) verificou-se na década de setenta do sec. passado, a que retornaria em finais dos anos noventa e resultando na criação de um grupo de trabalho denominado de clube “buracodeagulha”, dando resposta ao interesse demonstrado por alguns dos seus alunos no curso profissional do Instituto Português de Fotografia – Lisboa.
Organizou diversas oficinas dirigidas a diferentes níveis de praticantes Destaca o trabalho desenvolvido na Escola Superior de Educação de Lisboa, “II Encontro do Programa de Formação em Ensino Experimental das Ciências na ESELx” e “Conferência na Escola Superior de Educação de Lisboa”. Esta conferência foi dirigida a alunos do 2.º e do 1.º ano da Licenciatura em Educação Básica.
Várias foram as conferências realizadas nos espaços FNAC, Lisboa e Porto.
A partir de 2002 passou a marcar presença na iniciativa “Worldwide Pinhole Photography Day” passando mesmo a estar ligado à equipa de trabalho da iniciativa e no que à sua divulgação em Portugal diz respeito. Assim fez a ligação com diferentes órgãos de Comunicação Social, através de artigos e entrevistas.
Realizou a exposição “Olhar a Luz” no espaço “Imagerie”
Realizou o Encontro Internacional “ObidosPinholando” para o qual convidou alguns dos membros da equipa do “Pinhole Day International” os quais aderiram na totalidade. Bem como um significativo número de presenças nacionais.
Integrou a acção “Bordalo e os Contemporâneos, iniciativa da galeria “NovaOgiva” em Óbidos, com o seu trabalho “Bordalo Com Alma”, ilustrou fotograficamente a obra de Bordalo relativa à parte expositiva das peças de Bordalo Pinheiro.
Realizou uma vasta recolha de imagens, muitas das quais em Fotografia Estenopeica e que deu origem à publicação do trabalho em livro “Luz Nos Livros”, integrado na Colecção Ephemera, da Biblioteca/Arquivo de José Pacheco Pereira e editado pela “Tinta da China”.
Expôs no iNstantes – 7º Festival de Fotografia de Avintes – 2020
Expôs no Centro Português de Fotografia o Trabalho titulado “Um Livro na Parede”, resultante do material que fazia parte da edição “Luz Nos Livros” e produzido pela técnica da Fotografia Estenopeica.
Em 2022 e no contexto do Dia Mundial da Fotografia Estenopeica recolheu um conjunto fotográfico denominado “CPF Percurso de Luz” e que serviu de suporte à palestra com o mesmo nome, realizada a 24 de Abril de 2022.
A convite do Diretor do Centro Português de Fotografia, Dr. Bernardino Castro integra a Coleção Nacional de Fotografia. As fotografias são as primeiras que usam a tecnologia da Fotografia Estenopeica a ser integradas na CNF.
EXPOSIÇÃO: CPF percurso de luz
© António Campos Leal
Entre Fevereiro e Março de 2022, subi, desci as escadas da Cadeia da Relação e na qual está instalado o Centro Português de Fotografia.
Percorri os seus corredores, enquanto ia ao encontro de uma Luz que me motivasse ao registo de uma forma própria de guardar momentos longos no sentir.
A Fotografia a que me propunha teria de representar o por mim olhado. Não buscava o instante mas o prolongamento do Tempo através de uma Luz no seu percurso. No registo utilizei essencialmente suporte em papel o que me proporcionava a execução do trabalho com longos tempos de exposição.
Diferentes encontros serviram ao projeto. Na subida de uma escadaria encontrada a projeção do gradeamento de uma janela, estava a fotografar uma antiga cadeia, e assim surgia a projeção em paredes e escadas. Ao virar num corredor uma parte do mesmo surgia iluminada. O encontro com a Luz permitia o trabalho a que me propus.
Ele aqui está