PORTUGAL
Website: www.carladesousa.com
Carla de Sousa, natural de Luanda, Angola, onde nasceu em 1974, a autora reside em Leiria. A fotografia tem sido, desde 2012, a sua principal forma de expressão. Através da luz e dos detalhes, por vezes mínimos, busca a poesia do quotidiano. Utiliza o corpo e a auto-representação, assumindo que a performance do acto de se representar é, em si e, simultaneamente, um processo criativo e um instrumento poético de auto-conhecimento.
O seu trabalho tem integrado, desde 2013, várias exposições colectivas internacionais, de que se destaca a selecção da curadoria do Festival Internacional de Imagem – SiFest Savignano Immagini Festival, em Savignano sul Rubicone, Emilia-Romagna, Itália, nas edições de 2013 e 2014 “Slow Photo” e, mais recentemente, na exposição luso-finlandesa Conexões, que teve lugar em Helsínquia, Finlândia e no iNstantes, Festival Internacional de Fotografia de Avintes, em 2020. Em território nacional, destaca-se a sua participação, em 2015, no Projecto SHE/SHE PROJECT e, em 2016, na exposição internacional “Eu não sou uma ilha”, ambas com a curadoria de Genoveva Oliveira. Em 2018, integra a exposição colectiva de fotografia celebrando Manuel António Pina “Desimaginar o Mundo, Descriá-lo”, que teve lugar no Mira Forum e na Estação de Metro da Trindade, Porto e na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, com a curadoria Manuela Matos Monteiro. Em 2020, participa na exposição colectiva Fotografar Palavras, sob a mentoria do escritor Paulo Kellerman, no MIMO – Museu da Imagem em movimento e apresenta o vídeo “54”, O que faço com os meus 54”?”, uma iniciativa de promoção e prevenção da violência doméstica do projecto 54 da União de Freguesias de Marrazes e Barosa e da Câmara Municipal de Leiria. A solo, tem vindo a expor regularmente, alguns dos seus projectos, de entre os quais, se destacam, “O livro dos Desconfortos”, em 2017, na Livraria Arquivo, em Leiria e, mais recentemente, em 2019, no cofre do BAG, em Leiria, “Cartografia para um beijo”, com a curadoria de Ana David Mendes. A par das exposições e mostras em que tem participado, o seu trabalho integra, igualmente, algumas publicações colectivas e auto editou, em 2019, o seu ensaio “Cartografia para um beijo” no âmbito da exposição homónima.
VIDEO-INSTALAÇÃO: O breviário do decoro
© Carla de Sousa
O breviário do decoro parte da reflexão sobre o papel da mulher na sociedade actual, assume a sua nota transgressiva ao conceito de decência, ainda eminentemente patriarcal, que lhe é imposto e explora a construção de uma outra matriz, na qual se respeite a mulher, em todas as suas dimensões, incluindo as que lhe são, ainda vedadas, como a afirmação do desejo, o conhecimento do seu corpo, o prazer e o sexo.