PORTUGAL I https://jccostaphotography.wixsite.com/jccosta/

José Carlos Costa nasceu em agosto de 1978, em Braga. Doutorado em Engenharia Química e Biológica pela Universidade do Minho, exerce atualmente a sua atividade profissional como parnter/COO na empresa de inovação Innovayt. A fotografia foi desde sempre a sua forma eleita de expressão artística, mostrando o mundo não como o vemos, mas como ele o interpreta, por vezes introspetivo como as longas exposições a preto e branco, e outras vezes colorido como as paisagens do Gerês ou Marítimas. Os seus temas favoritos são arquitetura e viagens, paisagens urbanas e marítimas, explorando sempre que possível as suas técnicas favoritas, longas exposições e uma conversão para Preto e Branco que dê uma atmosfera surreal às fotografias.

Desde finais de 2014 participou em diversos concursos de fotografia e conta já com diversas medalhas e distinções internacionais. Entre 2013 e 2016 teve mais de 40 fotografias aceites/selecionadas em salões internacionais de fotografia organizados pela Federação internacional de arte fotográfica (FIAP) e da Sociedade Americana de Fotografia (PSA). Estes salões cobrem diferentes países, incluindo a Bélgica, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, França, Hungria, Inglaterra, País de Gales, Portugal, Sérvia e Turquia. Nos últimos 5 anos apresentou o seu trabalho em 25 exposições individuais, e em diversas exposições coletivas, livros,  revistas de fotografia (nacionais e internacionais). Em 2017 publicou o seu primeiro livro de fotografia intitulado “Retratos de Cuba”, numa edição limitada da Almalusa.

 

EXPOSIÇÃO  BRAGA, MOSAICO ARQUITETÓNICO

© José Carlos Costa

Em 2021 Braga foi galardoada com o prémio “Destino Europeu do Ano”. O mérito desta distinção deve-se às suas gentes, gastronomia e beleza natural, mas também ao seu património arquitetónico que une uma cidade bimilenar que se iniciou ainda na Roma Antiga, mais precisamente em 16 a.c.. a uma das cidades mais jovens da Europa atualmente.

O património arquitetónico de Braga é um conjunto que abrange o românico (ex., a Sé de Braga – que abrange um vasto conjunto de épocas e estilos), gótico (Antigo Paço Arquiepiscopal Barcarense), manuelino (Casa dos Coimbras), renascentista (Igreja da Misericórdia, Igreja de São Paulo), barroco (Convento do Pópulo, Igreja de São Vicente, Igreja de São Marcos), neoclássico (Convento dos Congregados, Igreja de Maria Madalena)… mas também encontramos edificios com arquitetura medieval (Igreja de Santa Eulália, Castelo).

A arquitetura religiosa é entre todas a mais destacada, talvez por Braga ser uma das cidades cristãs mais antigas do mundo. Existe uma igreja em cada esquina, principalmente no centro da cidade e por isso Braga é conhecida como a “Cidade dos Arcebispos” ou a “Roma portuguesa”. Braga possui igualmente um vasto património cultural, cujo ex-líbris é o Santuário do Bom Jesus do Monte, Património Mundial da UNESCO, e Santuário do Sameiro, localizado no ponto mais alto da cidade (572 metros de altitude), na freguesia de Espinho. Mas também a arquitetura civil em Braga é rica, desde o Arco da Porta Nova, ao Elevador do Bom Jesus, passando pela Casa dos Crivos, Casa Rolão, Palácio do Raio, etc.

Este projeto (2019-2021) teve inicio na Casa dos Crivos, um edificio unico e extraordinario mas que passa quase despercebido a quem vagueia pelas ruas da cidade, uma vez que todo o “ruído” que o rodeia, acaba por “abafar” a sua beleza. Este projeto isola cada fachada do “ruído” que envolve os edificios mais emblematicos e inspiradores da cidade. Todos os “extras” foram removidos, deixando apenas as fachadas de cada edificio e criando um fundo com duas cores “extraídas” de cada edificio. O objetivo é permitir que o olhar foque apenas nos detalhes da arquitetura e simultaneamente criar um “puzzle/mosaico” que demonstre a multiculturalidade e a riqueza diversificada do património arquitetonico de Braga.

Durante 2 anos percorri ruas e vielas, centros e lugares remotos. Visitei todas as aldeias de Braga e acabei por descobrir um concelho que não conhecia. Vi a “minha” cidade com novos olhos e descobri lugares que apesar de estarem tão perto nem sabia que existiam. Fiz dezenas de quilómetros e conheci uma cidade nova.

Infelizmente é impossivel incluir todos os edifÍcios interessantes, uns porque são inacessíveis, outros porque existe demasiado “ruído” que os torna impossível de “isolar”, mas após 2 anos, com uma pandemia pelo pelo meio, cobre uma vasta gama do património arquitetónico bracarense. Espero que gostem de conhecer o mosaico arquitetónico bracarense tanto quando eu gostei de o registar. Depois deste projeto ainda gosto mais da minha querida Bracara Augusta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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