KAROLIN KLÜPPEL | Alemanha | https://karolinklueppel.de/
Casa da Cultura de Avintes | 2 a 30 de outubro de 2021
Segunda-feira a Segunda-feira: 10h00 – 18h00
PT
As fotografias de Karolin Klüppel (* 1985) foram amplamente exibidas em museus, galerias e festivais. Desde que recebeu o seu MFA em 2012, ela tem trabalhado exclusivamente em projetos pessoais que lidam com as últimas sociedades matriarcais e matrilineares de nosso tempo. Durante os meses que passou no exterior, envolve-se profundamente com o seu projecto e tenta compartilhar a vida de seus súditos por um certo tempo. As sua paixão pode ser a razão pela qual uma vez ela quase morreu de uma infecção bacteriana na selva indiana ou quase foi devorada por pulgas chinesas.
Os seu projeto mais recente “Mädchenland“ ganhou vários prémios – por exemplo, o Prémio Canon Profifoto 2014 e o Prémio Félix Schoeller 2015 – e foi publicado em revistas internacionais de renome, como The National Geographic Magazine, The New York Times, The Independent, The Huffington Post e The Washington Post, entre outros. O seu trabalho foi recentemente exibido na Bibliothèque Nationale de France, no Museu de História Cultural de Osnabrück, no Delhi Photo Festival e na Chennai Photo Biennale.
Karolin Klüppel recebeu apoio por meio de várias bolsas, incluindo o programa Artista Residente da Fundação Vice-Versa em Goa e a Bolsa de Fotografia VG Bild Kunst.
Em 2016, ela publicou sua primeira monografia na editora Hatje Cants. A suas fotografias fazem parte de várias coleções particulares.
ENG
The photographs of Karolin Klüppel (*1985) have been widely exhibited in museums, galleries and at festivals. Since she received her MFA in 2012, she has exclusivly worked on personal projects that deal with the last matriarchal and matrilineal societies of our time. During her months abroad, she deeply involves herself with her project and tries to share the lives of her subjects for a certain time. Her passion may be the reason why she once almost died of a bacterial infection in the Indian jungle or was nearly eaten up by Chinese flees.
Her most recent project “Mädchenland“ has won several awards – for example the Canon Profifoto Award 2014 and the Felix Schoeller Award 2015 – and has been published in renowned international magazines such as The National Geographic Magazine, The New York Times, The Independent, The Huffington Post and The Washington Post, among others. Her work was recently shown in the Bibliothèque nationale de France, the Cultural History Museum Osnabrück, the Delhi Photo Festival and the Chennai Photo Biennale.
Karolin Klüppel has received support through several grants, including the Artist-in-Residence program of the Vice-Versa Foundation in Goa and the VG Bild Kunst Grant for Photography.
In 2016, she published her first monograph at Hatje Cants publishing. Her photographs are part of various private collections.
EXPOSIÇÂO: Kingdom of Girls
© Karolin Klüppel
PT
O estado de Meghalaya na Índia é formado na sua maioria por povos indígenas de Khasi, que rondam os 1,1 milhões de membros. Os Khasi são uma sociedade matrilinear. Segundo a tradição neste local quem tem um papel de particular importância são as raparigas, é a elas que é atribuído destaque na família. A linha de sucessão passa pela filha mais nova. Se ela casar, o seu marido é trazido para a casa da sua família, e às crianças é dado o nome da mãe. Uma família que tem apenas filhos rapazes é considerada azarada, porque apenas as filhas podem assegurar a continuidade de um clã. A sucessão derivada da ascendência maternal garante independência económica e social, em comparação com as condições gerais existentes na Índia. Na cultura Khasi, desrespeitar uma mulher significa atentar contra a sociedade.
“Entre 2013 e 2015, passei dez meses no Khasi, na aldeia de Mawlynnong, nordeste da Índia, que é uma vila com apenas 96 habitações. Nesta série foco-me no papel das raparigas, contextualizando-as nas suas atividades diárias através de um equilíbrio sensível entre documento e composição”.
ENG
In the state of Meghalaya in India, the indigenous people of the Khasi with 1.1. million members from the majority of the population. The Khasi are a matrilineal society. Here, traditionally it is the girls who are of particular importance and who play an exposed role in the family. The line of succession passes through the youngest daughter. If she marries, her husband is taken into her family’s house, and the children take their mother’s name. A family with just sons is considered unlucky, because only daughters can assure the continuity of a clan. The succession after maternal line guarantees girls and women in Meghalaya a unique economic and social independence compared to general Indian conditions. To disrespect a women in the Khasi culture means to harm the society.
“Between 2013 and 2015, I spent ten months in the Khasi village of Mawlynnong, in north-east India, a village of just 95 dwellings. In the series I concentrate o the girls themselves, in contextualising them in their everyday physical environment through a sensitive balance between documentation composition”