COLÔMBIA | http://www.margaritamejia.org
Margarita Mejía é fotógrafa e poeta.
Estudou Comunicação Social e Jornalismo na Universidade Autónoma do Ocidente de Cali, e realizou uma Especialização em Fotografia na Faculdade de Artes da Universidade Nacional da Colômbia. Foi professora de fotografia na Faculdade de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Externato da Colômbia durante 9 anos.
Foi colaboradora das revistas: “La Palabra” da Universidade del Valle, “SOHO” e “Pesquisa” da Universidade Javeriana. Foi fotógrafa dos livros: “Conversaciones con Bogotá”, Lonja de Arquitectos, 2005; “Fray Domingo de Petrés”, IDPC, 2012 ; “Bogotá Fílmica”, IDPC, 2013; “Santa Fe, Iglesias Coloniales de Bogotá”, Mendoza Ediciones, 2013; “¡Fuera Zapato Viejo! Crónicas de la salsa en Bogotá”, de IDARTES, IDPC y Revista El Malpensante; “Iglesia del Voto Nacional”, IDPC 2014; Agendas IDPC 2014 y 2015.
Actualmente trabalha nas fotos para os livros do Instituto Distrital do Património: “Bogotá en un café” e “Plan de Revitalización del Centro Histórico de Bogotá”
Recebeu o Prémio Fotográfico: “Mujeres Imágenes y Testimonios” no ano 2000. Algumas das suas exposições foram: “Autorretrato en María Adelaida”, 2000, “Cuerpos Sensibles”, 2004, “Bajo un cielo dramático”, 2005, “Paisajes Emocionales”, 2008, “Colección de mujeres”, 2009, “Lo que Aún Persiste”, 2011, “Desear La Imagen”, 2012 y “Melancolía”, 2014.
“La Imprecisa Memoria”, é o seu primeiro livro de poesia, publicado pelas Ediciones Isla de Libros. Bogotá, 2013.
Pertence ao grupo de fotógrafos ibero-americano Octoacto desde 2010.
FANTASMAGORIAS Não me digas o que devo fazer
© Margarita Mejia
Os movimentos que vemos são livres, cada pessoa elegeu uma área ou lugar com a qual se sentia cómoda na sua própria nudez e propus uma pequena acção a partir de uma emoção pessoal ou uma ideia concreta que desejava expressar. Assim, uma mulher explorou o lugar desde a gravidez, apropriando-se deste de maneira leve, quase etérea. Outra procurou a animalidade e o apego, agarrando a parede, a madeira, buscando a unidade com a matéria. Uma terceira procurou a calma e desde ali, do seu lugar, na luz, abrir-se e proteger-se. Um homem expressou o seu desejo de passar despercebido, de esconder-se, enquanto outro tentou libertar do seu corpo o que lhe pesa, com um movimento de expansão.
Com todos eles e comigo mesma como participante, apresento uma busca de relações entre o corpo, as emoções e o tempo, onde se mostra o fugaz e o concreto.
Eu, enquanto fotógrafa, situo-me frente ao personagem desde uma prudente distância. Observo com a câmara e faço um só disparo em velocidade lenta, para registrar o movimento de um corpo que, frente à passagem do tempo, mostra a sua qualidade de fantasma. Não procuro capturar o instante, senão um lapso de tempo em que essa emoção efémera está a ser expressa.
Bogotá, 15 de dezembro de 2016.