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Alice WR (Lisboa, 1959).
Artista visual, fotógrafa freelancer com trabalhos de cariz autoral e documental. Participa em projectos artísticos e expõe individual e colectivamente. Formadora, facilita oficinas, anima tertúlias e debates sobre fotografia.
Fez o Curso de Curadoria e outra(s) história(s): disputas, narrativas e produção de conhecimento (Universidade Nova de Lisboa, FCSH, Agosto 2018). Participou nos Workshops de Fotografia Documental do MEF – Movimento de Expressão Fotográfica (Arménia, 2018, China, 2015, Índia, 2014 e Marrocos, 2013) e, recentemente, frequentou os Talleres “Como evitar la perdida” com Paulo Nozolino (La Plantation, Orense, Espanha, 2017) e “La Fotografia como extensión del pensamiento – processos creativos (Tabacalera, Madrid, Espanha, 2017). Frequentou ainda os Workshops de Papel salgado e Colódio húmido com Tiago Caixeiro, (Centro de Estudos em Fotografia, Casa Museu José Relvas, Golegã, 2017).
Integra a Agência Calipo desde 2016 tendo participado no Festival MURO da Câmara Municipal de Lisboa (Lumiar, 2019, Marvila, 2017), Short Stories (Lisboa e Aljustrel, 2018) e Nocturama (Lisboa, 2017). Recentemente apresentou trabalhos sobre as comunidades de pescadores em Diu, India (Ler por aí, Lisboa, 2019) e sobre a Arménia (Conversas de Viajantes, Coimbra, 2019). Participou no iNstantes- Festival Internacional de Fotografia de Avintes (Ribeira Grande, 2018; Avintes, 2016), apresentou uma instalação com recurso à fotografia em Ponta Delgada (2018) e igualmente no projeto CULTRUA (Lisboa, 2017). Integrou a exposição coletiva F8-Do retrato ao infinito (Pequena Galeria, Lisboa, 2017), foi seleccionada para o projecto Mosaicografia em Porto Alegre, Brasil (2016), participou no 1º Encontro Fotográfico Ibérico em Espanha (2015) e foi artista convidada na XVIII Semana Internacional de Piano de Óbidos (2013), apresentando 30 trabalhos fotográficos sob o título “O futuro não está escrito”. Foi seleccionada para o Projecto Colectivo Portas Abertas da Fundação Eugénio de Almeida em Évora (2013) e para as Bienais de Fotografia de Vila Franca de Xira (2010, 2012). Recebeu três primeiros prémios e uma menção honrosa em Fotografia (Lisboa, 2014, Aljustrel, 2013 e Viana do Castelo, 2011).
Fotografa, as mais das vezes, com a estética num olho e a contemplação no outro procurando nos espaços onde se move aquilo que os define, mas numa singularidade que seja a sua. Fotografa solitariamente e distante do objecto fotografado, preferindo estar fora do seu ângulo de visão. Partindo de uma representação subjectiva e emocional da realidade procura usar a lente como uma possibilidade de fuga para transfigurar o real e para o carregar da poesia que ele parece não ter.

 

EXPOSIÇÃO: NARRATIVAS DE CIDADES_LISBOA

© Alice WR

“O brilho da minha cidade persegue-me pelas outras cidades por onde passo. Talvez por isso, levo sempre comigo o desejo do regresso. O regresso à minha cidade, Lisboa”

Narrativas de cidades ” é um trabalho fotográfico que resulta da pesquisa e reflexão sobre a vida nas cidades, a geografia dos lugares, o uso dos espaços, os vazios, as identidades, a diversidade e a multiculturalidade.
Suspensas no tempo, estas 12 imagens sobre Lisboa, que constituem uma série, fazem parte desse trabalho que se situa entre o documental e o ficcional, entre o que é singular e o que é coletivo.
São igualmente a matéria-prima que a autora oferece aos seus leitores visuais, para que cada um ordene, sequencie, associe cada uma das imagens, emprestando-lhes a sua própria estrutura, conferindo-lhes um sentido e fazendo assim emergir a experiência do lugar.
Nesse sentido, são um convite ao diálogo, a um diálogo que se quer portador de uma certa conflitualidade latente entre aquilo que a autora desejou dar a ver e que é visível e aquilo que omitiu e não está lá.
Como leitor visual, curioso e inventor, sou capaz de me emocionar?

Lisboa, março 2019
Texto de Alice WR

 

 

 

 

 

 

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