MACAU I www.halftone.photo
Esta exposição colectiva da Halftone – Macau Photographic Association engloba trabalhos dos fotógrafos: André Ritchie, Catarina Cortesão Esteves, Elói Scarva, Francisco Ricarte, Gonçalo Lobo Pinheiro, Joana Freitas, João Palla, Mide Plácido, Ricardo Meireles, Rusty Fox, Sara Augusto e Wu Haozheng.
EXPOSIÇÃO: A presença da matriz portuguesa em Macau, nas imagens entre tempos
© Elói Scarva / Halftone
A presente exposição coletiva de fotografia é uma iniciativa da responsabilidade da Halftone – Macau Photographic Association, sob patrocínio do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal – Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas. Os projetos visuais desenvolvidos e apresentados por doze fotógrafos residentes sobretudo na Região Administrativa Especial de Macau, visam aprofundar o conhecimento do contributo secular da Matriz Portuguesa neste Território, manifesto nos seus diversos meios de expressão cultural e patrimonial.
Sob o prisma do olhar da fotografia enquanto prática de arquivo diacrítico, subordinado ao tema da memória e identidade, faz sentido olhar a cidade hoje e refletir sobre os seus traços identitários de Matriz Portuguesa? Quais os marcos históricos e patrimoniais, os registos culturais e persistências humanas nela existentes? Como têm as diversas Comunidades – chinesa, portuguesa, macaense e outras – olhado para a presença do “outro” neste Território em constante transição e transformação? Como são essas marcas, físicas ou imagéticas, entendidas por outras Comunidades? São essas marcas também parte integrante da sua memória coletiva e individual, ou apresentam-se como extemporâneas?
Macau é, historicamente, um território em transição. Na sua cartografia constrói lugares novos, desdobra-se, aprofunda, concentra novas camadas de memórias coletivas no mapa da cidade. Estas “imagens entre tempos” revelam-se na afirmação da identidade do exercício da memória individual de cada um de nós – afinal também memória coletiva, através do que vivenciamos ou experienciamos ou, de forma subjetiva, através do exercício da “pós-memória”: as memórias e registos visuais que outros nos convocam.
Macau, o dragão aparentemente tranquilo, mas sempre acordado.